sexta-feira, 8 de maio de 2009

O LEGADO DE RICHARD WAGNER (1813-1883)

Minha vida, afinal valeu para alguma coisa” concluiria Wagner em sua despedida eterna. O artista de Bayreuth foi ao mesmo tempo metafísico, dramaturgo, poeta e sinfonista. Tentou a fusão das artes para realizar algo extraordinário e inimitável. Sua missão era fazer da arte e da música uma síntese de todas as formas de conhecimento e da ESTÉTICA uma espécie de monumento Babilônico, orgulhoso e único.

A música operística deveria abranger uma linguagem global, um pensamento confusamente total, uma sensibilidade sintética e MÍTICA, uma espécie de ponte entre o Ideal e o Real. A música, segundo Wagner, não deveria ser simplesmente uma combinação de sons agradáveis ao ouvido, mas acima de tudo ela significava o Universo que existia dentro de si próprio, uma espécie de “metafísica mesma de meu ser”.

Eu definiria de bom grado os meus dramas como ações musicais que se tornam visíveis”, algo ideal que se entrelaça sobre a intermediação do artista à realidade. “Isto porque a música revela como coisa-em-si, a essência mais íntima do mundo”, pois ela OPERA e CRIA.

Através do mundo de mitos e lendas do povo alemão, Wagner desenvolveu seus “Leitmotiven” (Temas Condutores), eles guiavam o trabalho, os quais apresentavam texto e música em plano de igualdade, fundido a elementos COREOGRÁFICOS, PICTÓRICOS e ARQUITETÔNICOS.

Richard Wagner foi fiel às raízes culturais alemãs ao passo que valorizou o misticismo e a fantasia caracterizando sua “arte integral”. Para ele o ARTISTA deveria ser um sacerdote e a ARTE, uma religião que visasse ao engrandecimento do indivíduo, da raça e da humanidade.
Diego Losekam da Cunha

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