A utilização da violência torna-se eficiente quando os meios são submetidos aos processos instrumentais e racionais que, por conseguinte se dissociam da avaliação moral. Todas as burocracias conseguem facilmente essas dissociações, do mesmo modo, isso é possível através da meticulosa divisão funcional do trabalho e toda graduação e subordinação hierárquica e também pela substituição da responsabilidade moral pela técnica.
Essa divisão do trabalho resulta numa determinada hierarquia de comando, cria determinada distância entre a maioria dos subordinados e os seus comandantes. Essa distância prática e mental significa que a maioria dos funcionários da hierarquia burocrática pode dar ordens sem pleno conhecimento de seus efeitos, talvez não sendo nem possível visualizar esses efeitos. Todos esses efeitos de distanciamento criados pela divisão hierárquica do trabalho são radicalmente ampliados uma vez que a divisão se torne funcional.
O impacto psicológico desse distanciamento é profundo e de longo alcance. Uma coisa é cuidar do fornecimento regular de aço a uma fábrica de bombas. O diretor de suprimento da fábrica não precisa pensar no uso a que se destinam as bombas.
O segundo processo para dissociação é a conseqüência final do distanciamento, ou seja, a substituição da responsabilidade moral pela técnica é possível através da separação funcional das tarefas. Não há envolvimento direto com as vitimas, do mesmo modo que cada pessoa dentro da hierarquia de comando é responsável perante seu superior imediato e por isso está naturalmente interessada na opinião dele e na sua aprovação do trabalho. Uma vez distanciados, os funcionários, graças à complexa diferenciação funcional dentro da burocracia, dos resultados finais da operação para o qual são os promotores, suas preocupações morais se concentram completamente na boa execução da tarefa a sua frente.
Como no Imperativo categórico Kantiano, o importante não é apenas a boa vontade em fazer a ação, nem o fim da mesma, mas, sobretudo o cumprimento do dever, diante disso, para poder ser é necessário que o indivíduo cumpra o dever sem interpelação. Aqui a moralidade se resume ao comando para ser um trabalhador bom, eficiente e diligente especialista.
A vítima é sempre transformada em objeto e como sempre se sucede aos objetos da ação, não importa mais se são humanos ou seres inanimados. O que interessa é a delimitação dessas fronteiras de espaço e tempo, para controlar e administrar o objeto.
“Encontrar-se um homem é ter que manter-se ante um enigma” (LEVINAS). Quem é humano, demasiado humano que se torna objeto? Desvelou-se a força o humano? Conscientemente arrancou-se o humano de sua humanidade...
Como no Imperativo categórico Kantiano, o importante não é apenas a boa vontade em fazer a ação, nem o fim da mesma, mas, sobretudo o cumprimento do dever, diante disso, para poder ser é necessário que o indivíduo cumpra o dever sem interpelação. Aqui a moralidade se resume ao comando para ser um trabalhador bom, eficiente e diligente especialista.
A vítima é sempre transformada em objeto e como sempre se sucede aos objetos da ação, não importa mais se são humanos ou seres inanimados. O que interessa é a delimitação dessas fronteiras de espaço e tempo, para controlar e administrar o objeto.
“Encontrar-se um homem é ter que manter-se ante um enigma” (LEVINAS). Quem é humano, demasiado humano que se torna objeto? Desvelou-se a força o humano? Conscientemente arrancou-se o humano de sua humanidade...
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